Comunicado à Reportagem SIC “Quando o ódio veste a farda
ASSOCIAÇÃO REPRESENTATIVA DOS POLÍCIAS – ARP
No passado dia 16 e 17 de novembro, sob o título “Quando o Ódio Veste Farda”, a SIC exibiu uma reportagem sobre comportamentos alegadamente racistas, xenófobos, homofóbicos entre outras caracterizações dos profissionais da PSP.
O Sindicato ARP vem pelo presente repudiar de forma veemente a reportagem transmitida que exibe uma tendência facciosa e deprimente da realidade dos profissionais da PSP e que nada tem correspondência com a realidade.
Apresentando-se como paladinos da verdade absoluta, numa violação flagrante do direito à reserva da vida privada, o designado consórcio jornalístico desencadeou uma caça às bruxas daqueles que são o garante da segurança e liberdade em Portugal e que permite que o país seja considerado um dos mais seguros do Mundo.
O Sindicato ARP repudia todas e quaisquer mensagens e ideias racistas e xenófobas, bem como de incitamento ao ódio e à violência, no entanto, não deixamos de estranhar e questionar a forma como o dito consórcio jornalístico teve acesso a cerca de 3000 mensagens privadas.
Se o Minsitério Público e IGAI determinaram já a abertura de inquéritos, compete igualmente às autoridades judiciárias determinar a abertura dos competentes inquéritos criminais com vista a apurar a forma como os jornalistas e ditos “investigadores digitais”, obtiveram a informação publicada e transmitida.
A reportagem transmite uma imagem errada daqueles que são os profissionais da PSP, pessoas sérias, dignas, zelosas pelo cumprimento da lei, e com uma conduta profissional de elevada estima e consideração.
Deixamos no ar as questões. E se fossemos investigar os autoapelidados paladinos da verdade absoluta, jornalistas de seu nome? Terão ou não conotações com grupos políticos? Terão ou não opinião própria impropriamente transmitida em canais do foro estritamente privado e íntimo?
A força da mensagem e da forma como pretendem que a Sociedade percecione o comportamento dos profissionais da PSP é transmitida pela comunicação social. Eles têm o poder de construir ou destruir a imagem de alguém, ou de alguma instituição num ápice com mensagens construídas à sua medida e imagem que lhes é mais conveniente.
A Direção da ARP mantém e reforça toda a confiança nas forças e serviços de segurança, com indignas condições de trabalho, com salários miseráveis, sem direito à greve, sem direito a estar filiado num partido político como qualquer cidadão normal, são os únicos que juraram dar a vida por todos mesmo os criminosos, sejam eles de que classe forem.
A ARP não deixará de adotar todas as medidas que considere oportunas e necessárias para defender os profissionais da PSP objeto de ataque sem precedentes à verdadeira essência da PSP.
A Direção da ARP
21.11.2022